Por vezes - as autoridades inventam proibições sem que se entenda muito bem a razão da sua existência.

Relatos de um cidadão do mundo em terras de Vera Cruz
Por vezes - as autoridades inventam proibições sem que se entenda muito bem a razão da sua existência.
Sinalização adequada - ao local e ao momento. Não pude deixar de esboçar um largo sorriso ao ver este sinal.
Após quatro meses, finalmente cumpriu-se a visita a um destino obrigatório na região do sudeste brasileiro: Paraty. Cidade histórica de grande importância económica no século XVIII (era através deste local que saía todo o ouro do Brasil em direcção a Portugal), preserva ainda o seu centro histórico com sinais evidentes da colonização portuguesa. Calçada pé-de-moleque, edifícios antigos e maioritariamente brancos, a fazer lembrar o Alentejo. No entanto, esperava ver construções em melhor estado de conservação.
A grande virtude deste lugar é a sua localização, entre a serra e o Oceano Atlântico. De um lado a densidade da mata atlântica, e do outro o azul da baía, o ouro das praias mais inacessíveis. E é esta combinação de factores que torna a cidade atraente. Há possibilidade de fazer praia, mergulho, caminhadas ao longo de todo o ano. Contrariamente a São Paulo nesta época de ano, Paraty presenteou-nos com um sol e temperatura bem agradáveis, a fazer esquecer que estamos no Inverno.
Quando o passeio é muito agradável, pouco se pensa nas 5 horas de caminho que foram necessárias para chegar ao estado do Rio de Janeiro. Nem sequer os 8 quilómetros de descida da serra até Ubatuba, que podem competir em pé de igualdade com qualquer estrada alpina. No entanto é inevitável o aparecimento do cansaço. No primeiro dia, visita à cidade e cachoeira. No entanto, o melhor estava reservado para domingo, onde o atraso da comitiva C8 para apanhar uma espécie de cruzeiro na baía de Paraty acabou por ser uma boa coisa. Alugamos um barco só para nós durante cinco horas, e foi passear ao sabor dos nossos desejos. Uma primeira paragem na Praia Vermelha e outra para almoçar na ilha de Cambotiú. Trata-se de uma ilha-restaurante ou um restaurante-ilha, em que o cartão de visita do estabelecimento não incluía morada, mas sim as coordenadas da ilha! Obrigatório um almoço nesse local para quem vai a Paraty. O marisco pode não ser tão bom como é em Portugal, mas acreditem que quem lá vai consegue esquecer este pormenorzinho.
No regresso a São Paulo e a mais uma semana de trabalho, fica uma certeza: não posso deixar de aproveitar estes destinos, mesmo que o ideal seja sempre um prazo superior a um fim-de-semana. O meu estágio não prevê férias pelo que há que aproveitar ao máximo. Venham as próximas aventuras, avizinha-se um passeio até às cidades históricas de Minas Gerais em breve.
Preconceitos com os portugueses - São Paulo, como todos sabem, é uma cidade enorme. Com 20 milhões de pessoas à volta, torna-se difícil encontrar portugueses, até porque eles conseguem integrar-se bem na sociedade brasileira. No entanto, há um lugar onde é fácil encontrar alguém da pátria de Camões: as padarias.
Weekend chato - devido ao trabalho temático do ICEP. Tem de se ficar em São Paulo, a (tentar) trabalhar durante o dia e a tarde, e beber cervejas à noite.
Parabéns - ao São Paulo, pela terceira conquista da Copa Libertadores, máximo troféu da América Latina. Agora o nome do estádio vai mudar: de Morumbi para Morumtri.
Notícias de Portugal - A Internet de banda larga é uma ferramenta espectacular, capaz de proporcionar o que quer que seja. Uma das últimas descobertas foi o Telejornal on-line. É uma óptima companhia enquanto se prepara o jantar, e como a sua duração continua a ser em média superior a uma hora, até dá para chegar à sobremesa.
Definitivamente, o interior é que está a dar.
O mundo - teme a Índia pelos seus serviços, a China pela sua indústria e o Brasil pela sua agricultura.
Afinal - também faz frio em São Paulo. Hoje de manhã o céu paulistano reservou uma pequena surpresa para os seus habitantes. Chuva, e 10 graus de temperatura.
Não há nada pior - do que pedir uma caipirinha de morango e ser brindado com um milk shake de morango com vodka.
Finalmente, o regresso às viagens.
Uma pequena nota - para as melhorias introduzidas no site. Que já deveriam ter sido feitas há muito tempo, mas só hoje se concretizaram. Adição de novos links, nomeadamente da comunidade C8 espalhada mundo fora.
Jóquei Clube - Domingo à tarde, dia de Inverno, já não é tempo de praia, isto apesar da temperatura continuar amena (com a temperatura por volta dos 15 graus casacos, gorros e luvas começam a ser vistos). A alta sociedade paulistana gosta de se reunir em lugares in. Essencialmente para ser-se visto.