< Crónicas de Sampa: Paraty

terça-feira, julho 26, 2005

Paraty

Após quatro meses, finalmente cumpriu-se a visita a um destino obrigatório na região do sudeste brasileiro: Paraty. Cidade histórica de grande importância económica no século XVIII (era através deste local que saía todo o ouro do Brasil em direcção a Portugal), preserva ainda o seu centro histórico com sinais evidentes da colonização portuguesa. Calçada pé-de-moleque, edifícios antigos e maioritariamente brancos, a fazer lembrar o Alentejo. No entanto, esperava ver construções em melhor estado de conservação.



A grande virtude deste lugar é a sua localização, entre a serra e o Oceano Atlântico. De um lado a densidade da mata atlântica, e do outro o azul da baía, o ouro das praias mais inacessíveis. E é esta combinação de factores que torna a cidade atraente. Há possibilidade de fazer praia, mergulho, caminhadas ao longo de todo o ano. Contrariamente a São Paulo nesta época de ano, Paraty presenteou-nos com um sol e temperatura bem agradáveis, a fazer esquecer que estamos no Inverno.

Quando o passeio é muito agradável, pouco se pensa nas 5 horas de caminho que foram necessárias para chegar ao estado do Rio de Janeiro. Nem sequer os 8 quilómetros de descida da serra até Ubatuba, que podem competir em pé de igualdade com qualquer estrada alpina. No entanto é inevitável o aparecimento do cansaço. No primeiro dia, visita à cidade e cachoeira. No entanto, o melhor estava reservado para domingo, onde o atraso da comitiva C8 para apanhar uma espécie de cruzeiro na baía de Paraty acabou por ser uma boa coisa. Alugamos um barco só para nós durante cinco horas, e foi passear ao sabor dos nossos desejos. Uma primeira paragem na Praia Vermelha e outra para almoçar na ilha de Cambotiú. Trata-se de uma ilha-restaurante ou um restaurante-ilha, em que o cartão de visita do estabelecimento não incluía morada, mas sim as coordenadas da ilha! Obrigatório um almoço nesse local para quem vai a Paraty. O marisco pode não ser tão bom como é em Portugal, mas acreditem que quem lá vai consegue esquecer este pormenorzinho.

No regresso a São Paulo e a mais uma semana de trabalho, fica uma certeza: não posso deixar de aproveitar estes destinos, mesmo que o ideal seja sempre um prazo superior a um fim-de-semana. O meu estágio não prevê férias pelo que há que aproveitar ao máximo. Venham as próximas aventuras, avizinha-se um passeio até às cidades históricas de Minas Gerais em breve.

2 Comments:

At 4:44 da tarde, Blogger Carlos Oliveira said...

Mais uma excelente relato...

Nos 4 cantos do mundo estao sempre C8 a partir tudo...

Paulo nao ha por ai nenhum craque que possas recomendar ao Benfica???

Abc

 
At 11:03 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Consegues fazer inveja com essa foto da cascata.
Penso que algures nas margens que a objectiva não captou, se encontrará uma brasileira a banhar-se em poses à la Pedra Sobre Pedra.
Estás a ter fins de semana que por cá nem se imaginam.

Um abraço

 

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