Dia 2 - Cataratas, lado argentino
Depois do passeio do lado brasileiro das cataratas, foi tempo de rumar ao país vizinho. Do outro lado do rio Iguaçú ficava a Argentina e a cidade de Puerto Iguazú. Até chegar à entrada das cataratas são cerca de 20 quilómetros, e logo aí somos confrontados com um dos problemas do lado argentino, o câmbio oficioso de real para peso de um para um.
Tirando este facto, a visita às cataratas é ainda mais espectacular do que do lado brasileiro. Para começar, um pouco de aventura, com um passeio de barco a subir o rio até às quedas de água. Para chegar ao rio, um passeio pela selva de caminhão, nada de extraordinário tendo em conta o passeio da semana passada em Ilhabela. Os primeiros quilómetros do rio são calminhos mas à medida que nos aproximamos do local a corrente fica cada vez mais tumultuosa, também graças ao nível elevado do rio. Devido a este facto, não foi possível acostar na Ilha de San Martin, mas deu para chegar suficientemente perto das cataratas e tomar um duche. A parte mais emocionante foi o regresso à base de partida: uma sucessão de rápidos que me deixou completamente encharcado, e o saco maravilha que foi facultado a todos os passageiros conseguiu proteger a minha querida máquina digital da fúria das águas.
Depois da emocionante aventura, tempo de fazer os outros passeios propostos no parque: Garganta del Diablo, Circuito inferior e circuito superior. O primeiro tem um nome adequado à sua forma: milhares de metros cúbicos precipitam-se dentro de um buraco, originando um espectáculo grandioso, e fazendo sentir o comum dos mortais muito pequeno perante a natureza. É possível chegar junto à garganta através de sucessivas passadeiras: neste local o rio chega a ter uma largura superior a dois quilómetros. Os restantes passeios são também muito bonitos, mas mais parecidos com os que foram feitos no Brasil. A grande diferença é estar realmente mais perto dos saltos.
Ao final da tarde, o regresso. Depois de atravessar a fronteira, tempo de ir ao local exacto onde se cruzam as 3 fronteiras (junção do Iguaçú com o Paraná), e onde cada um dos países construiu um marco para simbolizar a amizade e fraternidade que liga (?) os vários povos. As cataratas estão feitas, e vão deixar saudades. Agora falta Itaipu, a maior fábrica hidroeléctrica do mundo e o Paraguai, dos quais falarei amanhã.
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